segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um arrepio.

Deveria ter feito de ti casinha de moradia eterna.
Deveria ter entendido teus motivos e tuas brigas, vindo de ti, demonstração de amor.
Eu podia ter pintado as paredes de verde, podia ter salvo nosso lar, nosso chão.
Evitaria o pranto infantil, a carência juvenil.
Hoje me vi sem você pra me dizer o que fazer.
Hoje, depois de feliz, me senti triste por estar feliz sem você, uma culpa. Uma pena.
Agora, eu lembrei que , quando eu chorava demais, ficava tola, stand up. Você ria e nunca voltava atrás.
Agora eu comecei a agir assim, como se tivesse reencontrado você, no além, sem um vintém, com o mesmo sorriso.
Outra hora, agora pouco, faz um mês e tanto. Eu me vi aí, dentro de ti. Enquanto notava o que procuravas nela, enquanto vasculhava as coisas, procurando uma dor, um sofrer pra animar a noite.
Os olhos, a boca... não sou eu.
Não sou mais teu, não és mais minha.
Cura-te e siga.