segunda-feira, 19 de março de 2012

Eu...


Eu tô largada, às traças, ao nada
Eu tô perdida, sem vida, sem ar
Tô desolada, isolada...
Tô sem encontro, no desencontro, sem amor
Tô esperando esse tempo que tarda, que falha, tomara que valha
À pena, a cena, o mar...
Tomara que eu acredite, que eu ressuscite desse mau agouro
Tomara que minha falta de sorte se transforme em paciência 
E que essa paciência acredite no tempo, que o tempo acredite no amor
Que eu acredite em mim, acredite em ti, não existe mas nós
Eu quero viver só, eu quero as traças, as taças, as brasas
Eu quero a felicidade de 4 horas, e a conchinha com meus travesseiros
Meus? Céus, onde está minha casa? minhas coisas?
A solidão custa caro e a liberdade...
É, vale.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O amor










O amor? ah o amor...
Ele nos impõe tantas coisas, tantas escolhas, partidas, despedidas...
O amor é o maior vicio do ser humano. O ciclo é o mesmo em todos os casos.
Nos apaixonamos, sofremos, então somos correspondidos ou temos a sorte dele nos permitir uma chance.
Uma chance pra tentar, pra se fazer amado. Feito isto, lutamos com a convivência, lutamos por ceder cada vez mais. Guerreamos por manter vivo esse sentimento vital. A toalha em cima da cama, os copos sujos pela casa, a roupa justa da garota...
Aprendemos a abrir mão de verdades absolutas intimas, abrimos mão de nós, por amor.
Desgastamos até a ultima força do sangue rolando pelo nosso corpo. Depois de entregues voltamos  ao individualismo de querer resgatar o que éramos. Fortes, convictos, nós mesmos. Crendo nas nossas crenças, não cedendo nada à ninguém, sem entregar, sem doar.
O ser humano é ignorante, mesquinho. Suplicamos por algo que nunca tivemos, abrimos mão e depois de termos a estabilidade do amor, queremos voltar atrás pois invadiram nossa privacidade? Ora, quanta burrice.
A paixão passa, por vezes dura duas uma semana, alguns anos. E quando atingimos o amor, a troca mutua de preocupação, respeito, fidelidade; ficamos 'na noia'. Pois tudo está igual, as pernas não tremem mais, e daí então queremos pensar apenas em nós mesmos. E dizemos: " - O amor acabou, esfriou."
Não! o amor não acabou. Você tornou-se tão egoísta e ignorante ao ponto de reverter o que alcançou com essa busca. Você é tão ignorante, ser humano, que não sabe amar.
A calmaria, a paz, a mesmice não estabelecem o fim de nada. É só o começo daquilo que todos buscam:
A vida correta, calma, apaziguada.
O fato é: todos precisamos de pessoas, precisamos de paixão, de amor. Precisamos ainda mais da inteligencia e percepção da vida, do ciclo dela.
Não chegamos ao fim, só temos que ter a visão geral de quantas burrices cometemos simplesmente por não saber amar.
Quer emoção? Corra à 230 por hora, de patinete, de carro, bicicleta.
Adrenalina é passageira, e eu bem sei como passa rápido.
O amor fica, cresce, amadurece e te dá a certeza de estar construindo uma vida.
Viva! emocione-se, corra, apaixone-se, seja ignorante, egoísta e mesquinho.
É o ciclo, perceba.
Ame! ame como se o ser amado fizesse parte de você. Ame até doer bem apertado no peito.
Sofra um infarto se necessário. Mas não deixe de amar pela ignorância.
Pois os ignorantes morrem sozinhos. Os amantes constroem uma vida.
Ah, o amor...