segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Olha...

Moça, olha bem pra mim
Olha bem aqui e vê o que te restou do fim
Moça, sabes bem que sim
Sabes que de mim não resta nada
Olha, você quis assim, e finge não querer o fim do que restou
Moça, não te faz assim, tão nua e crua que nem a verdade pode aguentar
Sabe, eu te vi assim, nos meus sonhos e desejos mais impuros que alguém já pôde ter
Diga, solta o verbo aí. Me conta tudo que eu posso ouvir
E me convence de que esse não é nosso fim!
Doce desejo, amarga ilusão...
Ainda vais ser minha!
Olha aquele canudinho naquela mesa tão, tão distante!
Ai, ai...
Eu olho.