terça-feira, 19 de maio de 2009


É isso. Cansei.
As pessoas podem não cansar, ou nem pensar sobre isso, mas eu cansei de existir.
Como todos conseguem aguentar tanta falsidade? tanto blablablá, tanta coisa engolida?
Já me afoguei com isso várias vezes, e me afogo mais uma vez.
Não podemos ser 100% sinceros em tudo, em nada...
As pessoas odeiam as mentiras, as falsidades, a ilusão. Mas no fundo não vivem sem.
Ninguém quer ouvir que está gordo, que está feio, que a roupa não combina, que é arrogante, egoísta e que não consegue aceitar opinião negativa (sim, a dolorosa critica).
É fato que não consigo me expressar muito bem oralmente, começo a gaguejar e acabo explicando mais que o necessário. Também não consigo ficar calada esperando as pessoas concluírem seus pensamentos, pois sempre acho (e sei) que vai acabar com algo negativo pra mim. Quando ouço criticas, tento compreender o porquê, e acabo mais uma vez me explicando, o que parece ser sempre uma grande desculpa pros meus erros cotidianos (e é).
O fato é que a falta de contato humano, me faz pensar cada vez mais, e uma vez me disseram que o tal do Nietzsche enlouqueceu de tanto pensar. Tá que ele era inteligente, um gênio (embora eu não o ache TUDO isso, mas beleza) e tal... Mas acho que consigo compreender parte da loucura.
Não consigo mais olhar pras pessoas e agir naturalmente, como se nada nelas me irritasse. Não consigo mais ser falsa (sim, já fui, por questão de sobrevivência, todos são um dia, ou pra sempre).
Sei que não sou perfeita, que ninguém o é. E não estou dizendo que temos que sair por aí apontando os defeitos dos outros, mas fingir que eles não existem e muitas vezes até transformar em qualidade... ora,tenha dó.

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Sempre quis que tudo na minha vida fosse empolgante, adrenalina à mil, um grande acontecimento. Sabe como é? pulsando forte. Não gosto de águas paradas, gosto do mar agitado, das ondas gigantes...
E tenho ficado cada vez mais velha, sem nenhum grande feito, sem nenhuma grande descoberta. Todo mundo me diz que eu tenho muito tempo pela frente, que sou nova, estou começando a vida. Haha, se sentissem o que sinto...
Pra mim já estou terminando, só me falta ter histórias pra contar pros netos, é só o que falta.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Oh my...


Quero me mudar.
Sair dessa cidadezinha que se diz gigante, mas na verdade é uma lata de sardinha.
Pior do que ter a sensação de que estou vivendo em uma latinha, é a sensação de já ter conhecido tudo e todos, sensação de que nada muda, só passa de grupos para grupos, e a maldade continua, a falação, as fofocas, as baladinhas grotescas.
Não vou ser hipócrita e dizer que nunca gostei disso ou que nunca me diverti.
Mas o fato é que com o passar dos anos, as pessoas estão se aprimorando nisso, e está ficando cada vez pior, cada vez mais perigoso.
Se aprimoram em mentir, em se fazer de intelectuais, descolados, drogadinhos cult, ser sempre cool e por aí vai...
Uma hora isso cansa, mas não vejo muitas pessoas cansarem disso, quero dizer, todos sabem disso, da grande mentira que são, que contam. E mesmo assim, continuam com isso, uns enganando os outros; fingindo amar, fingindo odiar, fingindo ser, fingindo ter.
A cena 'underground' de Florianópolis é um saco, ponto final.
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Não sei dizer ao certo, mas geralmente quando nos sentimos fora de 'cena', sozinhos e blablá. Começamos a falar mal daquilo que já fomos, quase que cuspindo no prato que já comemos. Mas levando em consideração, o fato de que os grupos antigos, assim como os novos, vivem mentiras descaradas; nunca fomos aquilo, nunca comemos em tal prato.
No lie, just love, just breathe, just live, just be happy.