terça-feira, 23 de junho de 2009

Não!

Não, não e não.
Não misturemos as estações.
Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
A vida já anda tão complicada, né? Pra que piorar?
Não quero pensar como seria isso, não quero nem sonhar como seria conviver com isso.
Se só de ver, sem falar, sem sentir e tocar, já me sinto péssima, como se estivessem tacando álcool em alguma ferida ainda aberta. Tá, exagerei, como se estivessem cutucando a tal ferida, apenas.
Não é disso que precisamos, precisamos da nossa independencia, do nosso alto controle, e sucesso na vida profissional, para que assim caminhemos lado a lado na vida , felizes, de bem com a vida, com os amigos de sempre, sendo como deveria ser.
O passado fica lá atrás, e o futuro nós podemos sonhar, mas misturar o passado e o futuro, não nos compete esse 'desafio'.
É isso, me sinto aliviada por poder definir minha posição diante de algo tão complexo.
Vou me organizar, ser paciente, reclamar menos e correr mais atrás.
Tenho, se não tudo, quase tudo que pedi a Deus. Quanto mais pedimos, mais queremos, por isso hoje tento lembrar o quanto pedi pela minha liberdade, pelo meu canto, pela minha vida comandada por mim mesma, e isso sim cabe a mim, e a mim somente. Manobrar da melhor maneira possivel a minha vida.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Quente, queimando. Respirando...

com febre de tanto ódio.
Quero morar no mato, no mato mesmo, longe de tudo.
Na verdade não longe de tudo, longe de todo mundo. É isso, longe de todo mundo.
Eu não sabia que era tão forte assim, não pensei que pudesse suportar coisas desse tipo por muito tempo, nem sabia que conseguiria me controlar assim...
Se não pelo fato de agora ser mãe, acho que sim que pelo fato de ter amadurecido, amadureci por...?
Ser mãe.

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Quero minha vida de volta, quero meus livros que eu nunca lia, meus cadernos de escritos velhos, meu rádio ligado na atlântida, meu cigarro escondido, meu ursinho Alf, minha vida, minhas coisas, minha pequena prisão, que de tanto se parecer com uma prisão, hoje me parece liberdade.
O que faço com essas asas? não sei voar, não posso voar como queria. Quem me dera ser presa novamente, pra aprender a dar valor a essas asas que tanto cobicei...

sábado, 13 de junho de 2009

Achei que já tinha visto de tudo...

To de cara.
Não tem o que dizer realmente.
De fato, nunca conhecemos as pessoas o suficiente, pelo menos não o quanto achamos.
O amor supera tudo?
Dizem que quem ama fecha os olhos pra tudo, pros erros, defeitos...
Eu não consigo, não tanto assim...
É estranho, e só tem uma pessoa no mundo que me entenderia, só uma pessoa com a qual eu poderia comentar sobre o que me irrita, mas não posso.
Não sei o que fazer, e sei muito bem que tenho problemas maiores que esse, mas eu realmente preciso me abrir com alguém, é muito sufocante guardar tudo, me sinto sei lá, além de sozinha, me sinto estranha. Estranha por ter dúvidas que me parecem que nunca vou conseguir 'desvendar'.
Dizem também, que devemos ser sempre sinceros em relacionamentos, mas algumas coisas não podemos questionar, quanta hipocrisia.
É quase que a mesma historinha de quando a mulher pergunta se está bonita, e mesmo a resposta sendo negativa, o homem diz que sim.
Mas e quando a minha pergunta vai muito mais além de uma dúvida do físico? vai além da alma, além do que ele é, e sim do que gosta.
O que devo fazer?
Ou procuro quem pode me ajudar e ouvir, ou continuo vivendo com essa angustia, fingindo que nada acontece, tapando o sol com a peneira.
Socorro!
Sou deveras hipócrita ao dizer isso, mas: Sinto falta, muita.
É, não postei como prometi.
Na real nunca faço o que prometo, sempre quebro promessas. =D
Mesmo quando não prometo eu quebro.
Já me disseram que eu sou um lixo, e por as vezes penso que devo o ser mesmo.
Fazer o quê?
Cada um sabe a dor que lhe cabe.
E em mim cabe bastante =)~

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ah...

Ah, foda-se!
vou fazer disso um diário e deu.

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Fico muito triste com esse mundo, com as pessoas e suas falsidades. Vejo coisas que nunca imaginei que aconteceriam. E sinto os olhos arderem só em pensar quantas foram as vezes que já desabafei sobre isso. Desabafei com pessoas que já me deixaram triste, com pessoas que não tenho mais contato, e entre todos esses confissionários eu prefiro o papel e a caneta, o post e o arquivo. Esses dias comentei comigo mesma(fiel amiga, amiga fiel), sobre a ausência de contato humano e amiguistico em minha vida. Sinto falta, confesso. Mas na mesma hora em que me deparo com a lembrança de como são as pessoas, do quanto elas tentam mentir até pra quem as conhece profundamente... Ah, quando me lembro que tudo é como um grande jogo, prefiro deixar o 'parceiro' vencer por WO. E assim vou aprendendo a viver no mundo 'das gente grande', aprendo a ser adulta (ou apenas mais madura) e vou começando a ter um histórico de experiência de vida (em outras palavras isso quer dizer: sou uma garota usada e com mente velha). E acho que estou completamente enganada quando penso que minha vida é nostalgica e estabilizada, na verdade estou aprendendo muito, um turbilhão de acontecimentos silenciosos dentro de mim. Aprendo comigo mesma, a como ser eu mesma na minha vida. Até amanhã.

quarta-feira, 10 de junho de 2009


[...] Como era difícil admitir que estava tudo afogado. Como era complicado e brutalmente doloroso afirmar que não era assim o planejado, que nunca tinha sonhado com isso, como era...
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Beatriz não sabia o que fazer, definitivamente não tinha nascido pra viver. Naquela manhã quando levantou, sabia que algo estava errado, na verdade, sabia há muito tempo que tudo estava errado. Aquele silêncio absoluto a incomodava muito. Ora, se era pra se sentir sozinha, que assim estivesse. Era o que pensava em gritar, mas tinha medo que acontecesse de verdade e que aquele silêncio permanente fosse embora. Por mais que a incomodasse o tal silêncio absoluto, já estava acostumada com essa calmaria. Embora ela sempre tivesse admitido que gostava do mar agitado e da inconstância da instabilidade, fingia não ouvir o barulho dos grilos.

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Naquela noite, Beatriz não aguentou. Teve que fugir do barulho dos grilos e procurar refugio em algum deserto próximo. Pode parecer ironia, mas o deserto que encontrou era menos silencioso do que lá, no deserto próximo ninguém fingia não notá-la, não havia ninguém. Começou a pensar e filosofar sobre rejeição, e notou que pior que o silêncio, era a rejeição dos grilos. Foi uma confusão só! O sono começou a confundi-la e já não sabia mais no que pensar. A solução era voltar pra casa, enfrentar o silêncio, e tentar esquecê-lo quando fosse embora. Como sempre fazia.