sábado, 7 de maio de 2011

Olha só... Eu sou mãe!

Algumas pessoas dizem que não sou mais a mesma,
que não sou mais tão tr00, que não bebo pinga como antigamente, que não me entrego de cabeça nas noites, que não falo tanta asneira, que não sou mais tão displicente como antigamente...
Fico triste com esses comentários, parte de mim quer ser o que eu era, e o outro pedacinho se orgulha pela evolução.
Fico em cima do muro, e não caio pra nenhum dos dois lados. Só sei que fui feliz e ainda sou, sendo assim.
Porque nos dois momentos fui/sou eu mesma. Sempre fiz o que quis, agora faço o que quero com cautela, penso nas consequencias, na ressaca, no que poderia acontecer se eu tirasse a roupa e dançasse ula-ula.
Penso no arrependimento do dia posterior, o qual antigamente não existiria, não tinha nada à perder.
Sempre vivi intensamente todos os momentos, tudo me servia de experiência, fosse pelos entorpecentes, fosse pelas maluquices sexuais.
Hoje sei que qualquer experiência vivida, deve me agregar mais à vida do que uma história pra contar, temo a cobrança do pequenino cantor, tocador de bateria, que dorme no quarto ao lado.
Temo ter que ser hipócrita ao dizer 'Faça o que eu digo; não faça o que eu faço.'
Sei que no fundo, ainda corre em minhas veias a adrenalina entalada junto com o grito na garganta.
Sei que devo me rotular responsável, mas ainda vivo.
Pode ser psicológico, pode ser frescura de quem passou por uma mudança brutal.
'-Sei lá, mano.'
Continuo sendo eu mesma, mas olha só...
Eu sou mãe!