quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sobre expressões, interpretações e sentimentos.















Senti ; ferrou.
Senti no fundo, sem aperto, só água na boca.
Senti molhado, quente, úmido e macio.
Senti, oras, eu senti.
O que não cala lá no fundo é a insaciável dúvida do sentir novamente, permanente.
O que faz 'zum zum' na mente é a dificuldade em ouvir o silêncio, o coração.
Sentir qualquer um sente. Receber de volta abrange poréns. Porém, o problema não é esse, nem convém.
O dilema é o tal: Pode cada qual sentir, expressar, esfriar. Seguir o ciclo?
O circo está armado, não desejo ser o palhaço, ajudante de palco. Quero ser o astro! digo, a estrela!
Quero aquele abraço, como a musica diz.
Quero?  o que espero?
Questionamento fatal: Esperar não é perder tempo.
Viver é esperar.
Por fim, findo assim: Deixo a vida me levar, rodopiar, assoprar.
Não quero ser o lobo mau, deixe-me ser apenas o protagonista cumprindo o script.
É, senti demais.

terça-feira, 22 de maio de 2012

tóc, corre, foge.

Por fim, enfim, no fim. O recomeço, o instante na estante...
Um minuto: tóc tóc tóc, sai daqui.
Não me pegue novamente, não me prenda naquele quarto das paredes com cores sólidas, mórbidas
Também não me jogue no cesto colorido, com aquela felicidade sem fim
Me deixe aqui quieta, no meio termo.
Chega de extremismos, basta-me a solidão, que de só nada tem
Apenas o nó na garganta, na branda vontade de viver
Viver e ser feliz.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sobre pedras, águas e fogos.

E de repente, não mais que de repente, acontece aquilo novamente.
Será apenas a mente? ou será também o coração?
Acredito que nada seja por acaso. Talvez a distração fosse necessária.
Talvez a aproximação. Quem sabe nada a mais pode acontecer realmente.
Não posso retroceder e também não 'vamos sair disso'. Deixo a vida me levar?
Difícil. Gosto de planos, de bajulação, de esperança, talvez até da ilusão.
É claro que não somos pedras. Eu, muito menos.
Somos como o fogo e a água. Acende, apaga. Esquenta, esfria.
Mania de pensar em tudo. Mania de querer tudo ao seu intimo, até o ultimo fio de cabelo.
Mania irritante de não querer magoar terceiros, mas jogar ácido na sua própria ferida, aumento assim a dor. Sadomasoquista, insana.
Eu deveria parar e dar tempo pra sentir o que sinto. Pra perceber as reações do corpo, da alma.
Tenho medo, feridas maiores estão abertas e essas podem queimar ao todo.
Preciso derramar lágrimas, talvez passe, talvez meu nariz fique entupido.
Sempre foi assim, né? 06:00 AM. e eu aqui pensando em como prever o futuro. Pensando em como não acabar com algo tão puro  e natural.
Naturalmente, meu caro, devo admitir: somos culpados. O destino não nos forçou e nem se quer deu uma mãozinha. Me condene, se condene. Então diga-me de verdade: porque?
Foco na minha vida. Minha vida incluí isso, e sinceramente, talvez seja o que me dá o gás pra seguir.
Impossível ser imparcial, admiro quem consegue.
'Quero um machado pra quebrar o gelo'. O meu está derretendo cada dia mais. Trágico.
E a solução? é... 'Deixo a vida me levar, vida leva eu...'
E...
FIM.