Todos os toques
Corpos quentes, frios, duros, macios...
Todas cores, dores, mordidas e apelos de continuidade
Todos os amores, embutidos em um só, exalando o desejo
Todos os beijos, abertos, fechados, molhados, secos e quentes... pegando fogo
Todas as lágrimas, deixadas secar, deixadas por não amar
Aquele sorriso besta, aquele tremor fiel , que arranca a pele
Aquela leve incerteza, da certeza do pecar
Apenas um caminho, apenas uma solução
Seguir em frente, é o plano, o mirabolante plano à procura da linha tênue entre vocês e eu
O fim não finda o ciclo, não acumula estranheza
Não prende, não solta, não assume
O erro que outrora nos obrigou, hoje torna-se leve e por vezes sem fundamento
Porque dois corpos cúmplices agem de tal forma, à ponto de estranharem atitude não remorsa?
Eu quero tudo. Da insanidade à amizade
Da amizade fluorecente à sinceridade deveras honesta
As vezes minto, apesar de dizer o que sinto, desejo sentir mais
Mais um ciclo, desviando a paixão que me cerca, aflora a pele
Admira, idolatra, cafunga, corre, nega
Espero um poema, um poema no nível amor
Que descreva cada detalhe meu, feito pelo seu dom de expressar
O que não escreve; toca
O que não toca; canta, dança , sorri.
Deixo tudo sem pontos, não sei onde vou parar
Desejo nunca terminar , jamais desesperançar na busca por aquilo, que no fundo, todos sabem que aspiro
Aspiro o entorpecente da felicidade
A solidão chuvosa na cama vazia
Sem espaço pra tanta confissão
Por todos os lados vestígios do abandono puritano
Não sou anjo pra procrastinar a verdade
Não sou porca pra sujar a alma
Não sou princesa pra usar cristal
Sou mulher não feminista
Não machista, não delicada
Eu derreto sim, pelo cortês tratamento de vós
Que a sós peleja
Que a nós fraqueja
Que a todos nós 'honestiza'
Quero uma festa, um auê tão desonesto, que trará moscas pra pousar em nossas sopas
De suor, de respiração, de ofegância
Não consigo parar de desejar o glamour, o respeito, um peito. Sim, um ou dois peitos enormes, que trarão a segurança juvenil.
Feminista, eu?
Ríspida?
Romântica?
As mascaras caem, porém, interpreto como ninguém
Não o prazer, jamais o desejo, muito menos os gritos ensandecidos ultrapassando a música
Dos grilhos, do tocador Mp3, do cd do carro, até do violão, olha que show!
Fazendo 'tim-tim' em copos recicláveis, vamos seguindo o script
"Não sou freira, nem sou puta".
Apenas esclareço que: 'Há TANTAS pessoas especiais.'
Como vós... (e como mêmo).
FIM.
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=D~
.
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