Hoje me deparei com inúmeras dúvidas que tenho desde criança.
Quando pequena, adorava ir ao mercado com minha mãe, fazer compras do mês. Sempre gostei de ajudar ela a pesquisar preços, olhar informações nutricionais, e trazer coisas gostosas para casa. Quando eu queria algo, perguntava para ela se era caro, e nunca trazia o que queria para casa (para minha mãe, tudo é caro). Quando aprendi a ver preços e analisar se realmente eram caros, continuava sem trazer o que queria, comecei a achar tudo muito caro, e ainda acho. Minha mãe sempre me dizia que não é só querer, que para chegar até o mercado e comprar, tinha muito atrás disso: o trabalho.
Confesso que já fiz birra, e lutei muito pra compreender isso, na esperança de que fosse mentira de mãe, que fosse como o papel Noel, ou o coelhinho da páscoa, mas não era.
Algumas pessoas não entendem isso, mesmo depois de adultas, vivem na ilusão de que um dia vão ganhar na mega sena, e dali pra frente tudo será bom O cifrão, não é sinônimo de felicidade, e vice-versa. Obviamente podemos correr atrás daquilo que desejamos, mas concorde comigo: Se desejamos atirar pedras do topo da montanha, o primeiro passo é subir até ela, carregando as pedras em uma mochila. Pedras são pesadas, e existem de variados tamanhos, cada um tem a sua, cada um escolhe a pedra que vai carregar.
Como o ser humano é brutalmente egoísta, muitas dessas pessoas (que escalam com pedras), colocam-nas nas costas de outros escaladores, e depois as atiram lá de cima.
Isso não é injusto? Ora, o que podemos fazer? Afinal, o mundo não é injusto?
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Acho que mãe, só é mãe quando faz de bom coração. Quem sou eu para filosofar sobre isso, afinal, sou mãe há oito meses, como diriam as mães já graduadas "Ela não tem experiência, é muito nova ainda". Mesmo antes de ser mãe, sempre participei de um grupo em especifico da sociedade: O das pessoas que gostam de ver gratidão e bondade espalhadas por aí. Falando assim, parece até que sou a ultima das inocentes, mas falo de coração aberto. Quem dá a mão, não pode cortar o braço do outro, isso deveria ser lei. As pessoas em geral, fazem tudo, tudo, esperando por uma recompensa; a gratidão (?). Nem sempre é assim.
Gratidão hoje em dia, tem vários nomes, não os citarei aqui, não me cabe dar nome aos bois, digo, as gratidões. Realmente acho que colhemos o que plantamos, mas se plantamos no terreno vizinho, para o vizinho, não iremos colher no nosso.
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