domingo, 28 de abril de 2013

O amanhecer e a dor


Levantou um passo de cada vez.
Esticou as pernas pesadas, alongou os músculos retraídos.
Esbravejou num espreguiço .
Cochilou ao cheiro de café passado, mal tragado.
Acendeu um cigarro, o mentolado.
Escovou os dentes, tirou água dos joelhos.
Amanheceu o corpo , tonteou a mente.
Mente pra mim, diz que a noite valeu a pena e que te trouxe um sentido sem fim.
Sabes que não, mas se todos vivem assim, quem és tu pra negar a liberdade perdida, que mestre dos magos te presenteou?
O portal fechou.
Aguardamos a sexta-feira, não importa a feira. Ah, ah.

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