Me via no espelho, fazia poses e bocas
Caras e apelos, ajeitava-me, enjoava-me
Orgulhava-me o refletido no transparente, exibia-me de corpo inteiro
Me tocava com gosto e o corpo se hidratava
Falamos de tempos antigos, vida passada, falamos da velhice intalada, da ruga que outrora aqui não estava
Soluço com o desespero das mãos secas, da pele dançando junto ao adeus
Atrofiam-se os membros maiores, dores menores, fisgadas amedrontadoras
Os elogios não são cotidianos, a vontade do zelo pela casa ambulante, nosso cartão corporal, não é mais a mesma.
A preguiça toma conta e a rotina engole o tempo.
Me diga fada dos dentes, quantos devo perder pra bancar uma retratação com bisturi?
Em resumo no português mais claro: Quanto custa uma plástica?
Deviam nos alertar disso desde o principio, assim a mesada gasta em guloseimas seria a poupança da salvação futura.
Um comentário:
huauhahuahuahu, adorei!
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