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Hoje pela manhã, quando levantou para tomar seu café
sentiu que não poderia jamais mudar aquilo
Tanto o viver, como o ser
E teve a confirmação: Ficaria assim para todo o sempre, e eterno.
Ah, como gostava de subir em cima do muro, balançar as pernas, sentir o 'vai e vem' com o vento...
Como se arrepiava ao ouvir aquele assobio alto, quando se lambuzava no preto do asfalto...
Decidiu então: Jamais iria se deixar levar, oras bolas, porque seria tão fraca?
Por uma só vez, sentindo-se orgulhosa de si mesma, se fez forte e decidida, não foi, nem se desculpou.
Fez como sempre fez, não ligou, não atendeu, não se manifestou...
Não precisava mais se sentir desejada por um bando de carismáticos dramáticos
Não precisava se sentir, ela era, e é.
Completava-se nos detalhes micro-mínimos que a rodeavam, férias eternas, período integral.
E então, sentados no centro da metade do inicio do começo, perceberam como agiam um com o outro, envergonharam-se das mentiras bem contadas, desculparam-se sem explicar os porquês
E ele começou a fazer o que sempre fizera, falar o que ela queria ouvir
e por vezes, o que queria falar.